24 de outubro de
2016
(Teatro da
Reitoria da UFPR)
16h-18h - Credenciamento
18h –
Cerimonial
18:30 –
Espetáculo de Abertura: Canto 24 da Ilíada / Andressa Medeiros
19:30h -
Conferência de Abertura: "AGAINST DECLARATIVITY"
Prof. Dr. Hans
Kellner (North Carolina State University in Raleigh, North Carolina)
Resumo: “The professionalization of historical
scholarship in the nineteenth century brought about the dominance of
"declaritivity," a rhetorical mode in which a single author/authority
presents views of the world in positive terms for a reader who has a passive,
consuming role. This takes the form of narrative and appears to be
the natural way to represent reality. It is, however, a period approach,
following the literary rules of nineteenth-century realism and the scientific
model of a Newtonian universe. As Hayden White has noted, when history
is cited as an art and a science, the reference is to
nineteenth-century art and science. It seems to be a "legacy"
discourse, from a moment that has passed. The twentieth century saw
astonishing changes in the speed and scope of events, changes which called the
declarative mode into question and brought about forms of representing the past
that escaped the declarative. At the same time, a revived interest in a
"practical past" suggested that declarative historical discourse
should not be the only epistemological responsible way to envision past
reality. Fictionality, the conventional devices of a certain moment, is
shared by both history and literature, and this reminds us that the standards
of truth and reality are also shared. Indeed, practically speaking,
the historical novel may be truer and more real than a historical
treatise. It is in representation of the Holocaust that the turn to
non-declarativity is seen most clearly, but in principle it may be applied to
other sorts of events. In particular, showing the signs of enunciation,
in which the process of coming to know, can establish a more realistic
discourse, as found in the works of Foer, Spiegelman, and Sebald, as well as
the work of guild historians.”
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25 de outubro de
2016
16:30-17h –
Espetáculo “Pecora Loca” (Auditório da Medicina)
17h-18:30 –
Mini-curso: "A retórica da crítica e dissidência política no mundo
antigo" (Auditório da Medicina)
William J. Dominik
(Professor Visitante Estrangeiro da CAPES, UFBA /Professor Emérito de Estudos
Clássicos, Universidade de Otago, Nova Zelândia)
19h – Conferência: “Retórica y alteridad” (Auditório da Medicina)
Prof. Dr. Gerardo
Ramirez (Centro de Estudios Clásicos; Instituto de Investigaciones Filológicas;
Universidad Nacional Autónoma de México; Presidente da Organización
Iberoamericana de Retórica-OIR)
Resumo:“La noción
de ‘alteridad’ permite a la retórica enriquecer y profundizar el conocimiento
del fenómeno discursivo. La retórica política requiere primero conocer al otro,
con el que puede consentir o sobre todo disentir. Si hay consentimiento con el
otro, la función de la retórica es reafirmar los consensos; si hay
disentimiento, su función es asimilar al otro, apropiarse del otro, vencer al
otro o acabar con el otro. No busca respetar las ideas y posiciones del otro,
interactuar en un plano de igualdad o valorar al otro. Lo anterior se debe no a
la maldad humana o algo parecido, sino sobre todo a que la retórica parte de
que no hay verdades necesarias y universales, sino opiniones verosímiles y
contingentes. En ese reino de la doxa, el orador busca –teóricamente- dar
una opinión mejor que la de los demás oradores y éstos a su vez pretenden dar
soluciones mejores. La conferencia explica las diferentes relaciones que el yo orador
puede establecer con el otro y presenta las consecuencias de esas relaciones.”
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26 de outubro de
2016
10h – Mesa
Redonda (Auditório da Medicina)
Profª. Drª.
Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho (UFMG; Presidente da Associação
Latino-Americana de Retórica): “E o verbo se fez imagem - as
estratégias retóricas na apropriação do texto de Viera no cinema”
Resumo: “O
objetivo de minha comunicação é o de discutir a interação entre duas “media” no
contexto da recepção obra do padre António Vieira. Em um primeiro momento,
analisarei alguns aspectos de dois filmes de renomados diretores, um português
e um brasileiro: Palavra e utopia (2000), de Manoel de Oliveira
(1908-2015), e Sermões – a história de António Vieira (1986),
de Júlio Bressane (1946-), quanto a seu conteúdo e referências a textos do
jesuíta. Apesar de serem representações bem diferentes do trabalho e da persona de
Vieira, o estudo comparativo entre eles traz elementos significativos para
pensarmos a construção, em Portugal e Brasil, da imagem do jesuíta. Em um
segundo momento, a partir da exploração do conceito de “enargeia”, pretendo
analisar as estratégias audiovisuais usados na sétima arte a fim de mostrar em
que medida tais filmes permitem um caminho de mão dupla: por um lado, como
recursos disponíveis para, pedagogicamente, tratarmos da reconstrução da imagem
de Vieira no século XX, em um material disponível a estudiosos do século XXI;
por outro, como recursos que nos estimulam a reler os textos de Vieira com
atenção a aspectos da prática retórica como a actio, na medida em que o
cinema dá visibilidade e enfatiza aquilo que pode ser desconsiderado quando
lemos o sermão sem cuidarmos que esse texto não atingiria seu
objetivo precípuo, de persuasão e de produção de páthos, a não ser que
fosse apresentado oralmente pelo pregador, com atenção aos gestos, à dicção e à
atuação, como normatizado pelaRatio Studiorum: “Laborandum etiam, ut vocem,
gestus et actionem omnem discipuli cum dignitate moderentur” (XV, 32).”
Prof. Dr. Pedro
Dolabela(Letras/UFPR): “Retórica e cognição: proposta de interface”
Resumo:
"Entre outros elementos, a performance retórica da narrativa de
ficção pressupõe: (a) a representação de 'estados regulares do mundo' nos quais
a ação transcorre, compostos por proposições de viés ao mesmo tempo descritivo
e moralmente valorativo, que não pretendem chamar atenção para si mesmas; (b)
eventos salientes, que pressupõem aquela regularidade de fundo, mas que
extrapolam o seu viés normativo-preditivo por apresentarem situações atípicas;
(c) o apelo, nos juízos sugeridos pela narrativa sobre as questões suscitadas
pelos eventos do enredo, a valores passíveis de alcançar certo consenso social.
A partir desses pressupostos, Franco Moretti defendeu a análise retórica como
meio de cientifização da crítica literária: ela permitiria indicar, com certa
objetividade, (a) as questões socialmente relevantes revolvidas pelo enredo
ficcional; (b) as formas literárias (compreendidas como procedimentos
retóricos) mobilizadas no seu tratamento. Se essa proposta faz sentido como
sociologia das formas, ela pode ser fertilizada por uma teoria cognitiva da
leitura que explique como o texto consegue fazer com que a relação entre
'normalidade de fundo' e 'evento saliente' seja absorvida, pelo leitor, como
fundamento para a atribuição de valor moral ao quadro representado: essa
possível contribuição da psicologia cognitiva para a análise retórica será o
tema principal da nossa conversa.”
Curador Marco Silveira Mello (Diretor da Casa da Imagem): "Arte,
Crítica e Paradoxo"
14:00h – Mesa Redonda (Auditório da Medicina)
Profª. Drª. Maria
Flávia Figueiredo (Unifran): “A RETÓRICA, A LINGUÍSTICA E OS MECANISMOS DE
SUBVERSÃO DA LINGUAGEM”
Resumo: “A
retórica, ao lado da dialética e da gramática, compunha, na Antiguidade e na
Idade Média, o campo dos estudos da linguagem, das artes liberais. Nesse
universo, a retórica dispunha-se a estudar os meios de persuasão criados pelo
discurso e analisar os efeitos por eles produzidos nos ouvintes. Era também
definida com a arte do bem falar (ars bene dicendi). Durante o século XIX e a
primeira metade do século XX, no entanto, assistimos ao declínio da retórica e,
concomitantemente, ao surgimento da linguística como ciência. Essa
simultaneidade não se deu de forma aleatória se, na esteira de Fiorin (2014) e
de Bender e Wellberry (1990), considerarmos o fato de que o declínio da
retórica é tributário da definição de um ideal de objetividade, transparência e
neutralidade do discurso científico, em que impera a concepção de que a
linguagem representa a realidade. Por outro lado, a linguística se pauta no
princípio da antifonia, por meio do qual o discurso é o responsável pela
maneira com que concebemos a realidade. Esse princípio da consonância de vozes
estabelece que cada discurso corresponde a outro discurso, produzido por outro
ponto de vista. No início do século XX, com a publicação do Curso de
linguística geral, a linguística moderna se estabelece e ganha seu objeto de
estudo. Contudo, em meados do século XX, assistimos à revitalização da
retórica, o que pode ser comprovado com a publicação de importantes obras: na
Bélgica, o Tratado da argumentação (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 1958); na
Inglaterra, Os usos do argumento (TOULMIN, 1958); nos Estados Unidos, Filosofia
e argumentação, (JOHNSTONE, 1958). Dentre os fatores condicionadores desse
contexto, a par do advento de novas mídias, encontramos o modelo de comunicação
política por meio do qual se pretendia comover, persuadir e convencer a todo
custo. Essa mudança de paradigma possibilitou uma aproximação entre a
linguística e a retórica. Porém, essa retórica incorporada à linguística, como
enfatiza Fiorin (2014), parte de um pressuposto distinto das retóricas
tradicionais (tomadas como artes). A união desses dois campos do saber permite,
então, descrever o que escapa à intenção consciente do enunciador, mas se
manifesta na configuração do discurso oral ou escrito. Tomando essa nova
configuração dos estudos retóricos, influenciada pelas ideias linguísticas da
atualidade, o presente trabalho visa discorrer sobre alguns mecanismos de
subversão da linguagem. Para ilustrá-los, a figura retórica da ironia,
concebida como dissimulação do enunciador, será tomada como objeto de análise.”
Prof. Dr. Luiz Antonio Ferreira (PUC-SP): “Pragmática e retórica: as
infiltrações do medo nos Discursos Institucionais”
Resumo: “Um ato
retórico caracteriza-se por sua eficácia: fazer crer para provocar uma reação
significativa no comportamento de um auditório. Nesse sentido, é também um ato
pragmático, pois provoca uma resposta, de natureza avaliativa, que envolve
percepções, paixões, valores e atitudes. Dentre as paixões evocadas, as
infiltrações retóricas do medo são comuns nos discursos sociais que,
exteriorizados pela vestimenta da palavra, abalam poderes, saberes
e até deveres consagrados. Os meios midiáticos, por sua vez, que constituem a
maior força de disseminação da doxa em nossos dias, utilizam a
palavra como um meio de influência e de ação para, assim, consagrar o temor das e nas instituições.
Desse modo, disseminam um discurso instituinte - em contraponto ao
discurso instituído e dominante -, revolvem fortemente os alicerces
institucionais e arranham as três categorias fundamentais que sustentam
secularmente as organizações: o saber, o poder e o fazer. Por extensão, põem em
xeque o ethos das próprias instituições. Por meio dos estudos
retóricos de Aristóteles e das contribuições prestadas pela Nova Retórica, os
movimentos patéticos em discursos advindos de representantes institucionais
serão analisados para comprovar a efervescência retórica que impulsiona o
sentir em sociedade e a eficácia retórica da mídia contemporânea nas
movimentações do pathos no auditório brasileiro.”
Profª. Drª. Lineide do Lago Salvador Mosca (USP; GERAR -Grupo de Estudos de
Retórica e Argumentação): A mentira como estratégia retórica no embate político
de nossos dias: “ me engana que eu gosto”
Resumo: “Partindo
da ideia de que o político não fala o que pensa nem pensa o que fala, tem-se
nessa oposição muito aceita na representação que dele se tem, um importante
ponto de partida para considerações acerca dos discursos que circulam no espaço
público e que povoam as mentes e memórias da população. Tem-se, por princípio
teórico, a consideração dos fatos como verdades consentidas e construídas
conjuntamente, mediante acordos e valores comuns. De igual modo, há que levar
em conta o fato de que a retórica se move no terreno da incerteza, do
problemático e do plausível, havendo graus que tangenciam ora a transparência,
ora a opacidade, o que permite posicionamentos por atenuações e eufemismos, que
evitam a rigidez de pronunciamentos. No caso do ator político, a confiabilidade
que se lhe atribui está diretamente ligada ao binômio ato/pessoa, ao lugar da
essência, porque nele se procura um representante legítimo das aspirações
comuns. Este, por outro lado, pode valer-se dessas aspirações coletivas e
incorrer num populismo como engodo, como mentira e ilusão. É quando recorre ao
sentimentalismo e á verbosidade, quando não ao humor e à chacota. A rede de
relações teóricas que construímos em nosso trabalho parte dos fundamentos
aristotélicos e prolonga-se nas propostas de Perelman e Michel Meyer. Em vista
da natureza das questões colocadas, será dado destaque às figuras de
dissociação, tais como as de ruptura de ligação e as de dissociação de noções,
propostas por Perelman. Dois artigos, um da Folha de São Paulo e
outro de O Estado de São Paulo ilustrarão os pontos discutidos. O
famoso dito, “me engana que eu gosto” encontra seu perfeito “habitat” no
discurso dos políticos. Enfim, pretende-se apontar como o campo do político
torna-se território propício à falsidade, mediante evasivas, seus simulacros e
desvios.”
Prof. Dr. Ivo José
Dittrich (Unioeste - Foz do Iguaçu): “EXPRESSÕES REFERENCIAIS: NO LIMITE
DAS DESCRIÇÕES, O POTENCIAL RETÓRICO”
Resumo: “A
perspectiva interdisciplinar é indicada quando a abordagem do objeto assim o
exige. É o caso das expressões referenciais que, por mais precisas que se
pretendam ao se referirem à realidade (ou ao criá-la), conseguem descrever
apenas parcialmente os respectivos referentes, dadas às coerções que a própria
linguagem e, mesmo, o meio social impõem. Assim, dentro do universo das
relações entre a Semântica e a Retórica, será abordada a questão da referência,
mostrando como, no processo de significação das expressões referenciais se
inscrevem as dificuldades enfrentadas pelos interlocutores ao selecionar e
interpretar as palavras que se referem aos objetos do real. Ao mesmo tempo,
também serão exploradas as possibilidades retóricas dinamizadas pela referência
ao longo do discurso. A hipótese é a de que as expressões compõem-se de um
núcleo semântico relativamente estável, cujos contornos apontam para outros
sentidos que a habilidade (relativizada) do Orador pode explorar para
influenciar a interpretação nos termos em que pretende. Significa que nas
limitações para expressar suas representações do mundo reside, paradoxalmente,
o potencial retórico a ser atualizado por ocasião do discurso. Ainda que se
trate de uma abordagem predominantemente teórica, são examinadas algumas
expressões para mostrar como esta relação semântico-retórica, intermediada
pelas representações sociais, está inscrita na língua e é dinamizada no
discurso. Assim, serão abordadas aquelas expressões que cumprem papel
referencial, ou seja, que descrevem determinado referente, mas que, ao mesmo
tempo, revelam as representações do autor sobre este mesmo referente e, por
isso, também produzem efeitos em termos de persuasão.”
17h-18:30 – Mini-curso: "A retórica da crítica e
dissidência política no mundo antigo" (Sala 200 - Faculdade de Direito)
19h –
Conferência: “A dimensão psicológica da retórica antiga” (Auditório da
Medicina)
Profª. Drª. Sandra
Lúcia Rodrigues da Rocha (UNB; RHETOR - Grupo de Estudos de
Retórica e Oratória Grega )
Resumo: “Na
conferência, serão abordados, como dimensão psicológica da retórica antiga, (1)
a importância que o ethos passa a adquirir como categoria de reflexão
sobre a prática retórica a partir de Aristóteles, e (2) os efeitos patéticos
considerados em descrições de estilos. Teofrasto, Demétrio e Dionísio de
Halicarnasso são alguns dos autores a serem tratados”.
20h – Conferência: “The Melodic Vocabulary of Fifteenth-Century Chanson
and Musical Rhetoric before the Dawn of Musica Poetica”
Prof. Dr. Adam
Knight Gilbert (USC Thornton School of Music )
Resumo: “Fifteenth-century
treatises of poetry gave poetry a privileged dual place the seven liberal arts,
in the trivium as “seconde rhetorique” and in the quadrivium as a species of “musique
rhythmique”. Eustache Deschamp’s 1408 treatise L’art de dictier distinguishes
between sounding music as “musique atificielle”and poetry as “musique
naturelle.” It was not until 1533 that music theorists begin discussing the
concept of musica poetica, or a poetics of music. Inherent to this
development was the perception that music, as handmaiden to the text, could
express its natural affect and accent.
The invention of
this concept of musica poetica has sometimes led scholars to judge
Renaissance music in terms of how well it expresses its text. However, the
poetics of fifteenth-century music may best be judged not only in terms of how
well the music expresses a text, but on the premise that music and poetry are
sister arts, with parallel vocabulary and conventions of rhetorical beauty.
This paper
therefore builds on a simple premise: if fifteenth-century French verse is a
species of music, can the melodies that set those poems be analyzed as a kind
of poetry? Just as French poets built forme-fixe verse on a
relatively small textual vocabulary of conventional expressions, so composers
set the text with a small vocabulary of conventional melodic and rhythmic
formula. Poet and composer transformed and mutated short motives into
kaleidoscopic arrays of beauty, and both engaged in an intense game of
citation, paraphrase, and allusion.
To illustrate this
approach, I will enlist a special group of anonymous French chansons from the Chansonnier
El Escorial IV.a.24 to reveal the extent to which composers employ melodic
permutation, elision, and citation to reveal messages concealed within their
text. Of special interest is a group a chansons that employ palindromes and
mirror images to symbolize textual themes related to averted eyes and Fortune’s
wheel. Ultimately, I hope to prove that the musical composers of these chansons
were engaging in intense musical rhetoric in the years before the so-called
dawn of musica poetica.”
20:30h-23h – Hapening: “A
exposição dos pós-antigos” (Restaurante Marbô)
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27 de outubro de 2016
9:30 – 12h –
Materclass (Escola de Música)
Prof. Dr. Adam
Knight Gilbert (USC Thornton School of Music )
10h – Mesa Redonda (Auditório de Medicina)
Profª. Drª.
Alejandra Vitale (Instituto de Lingüística, FFyL, Univ. De Buenos Aires):
“Retórica epistolar en un organismo estatal dedicado a la inteligencia”
Resumo: “En el
marco de las propuestas de la denominada organizational rhetoric (Cheney,
1983, Cheney et al., 2004; Hoffman & Ford, 2009) y de la perspectiva
francesa de análisis del discurso sobre las comunidades discursivas (Charaudeau
y Maingueneau, 2005; Maingueneau, 1987, 1996) y), analizo aquí dos documentos
preservados en uno de los llamados “archivos de la represión” abiertos a su
consulta pública en la Argentina, el “Reglamento de trámite y
correspondencia”, sancionado en 1978 por el Jefe de la Policía de la Provincia
de Buenos Aires, y el “Manual para la tramitación de la correspondencia calificada
con grado de reserva”, aprobado por decreto del Poder Ejecutivo provincial en
1981 y con vigencia en todos los organismos de la administración pública,
contemplada la Policía. Este trabajo se inscribe en una investigación de mayor alcance que, subsididada por la Universidad de
Buenos Aires, estudia el Archivo de la Dirección de Inteligencia de la Policía
de la Provincia de Buenos Aires (DIPBA), donde están preservados los nombrados
documentos, como comunidad discursiva. El propósito de esta exposición es
caracterizar, mediante una metodología cualitativa (Vasilachis de Gialdino,
2006), las regulaciones del estilo, la incidencia de las pasiones, la
corrección lingüística, las fórmulas de tratamiento y el empleo de lenguas
extranjeras en la escritura epistolar policial. Asimismo, describe una serie de
tópicos subyacentes (Angenot, 2010), incluidos los vinculados a la imagen de un
buen agente de inteligencia. De este modo, plantea que la reglamentación sobre
la redacción de los diversos tipos de cartas en la Policía de la Provincia de
Buenos Aires contribuyó tanto a la construcción identitaria de sus integrantes
como a legitimar las relaciones jerárquicas entre ellos.”
Prof. Dr. Jorge E.
Rojas Otálora (Universidad Nacional de Colombia; Sociedad Colombiana de
Retórica): “La retórica del cuerpo femenino en las novelas de José María Vargas
Vila"
Resumo: “Esta
ponencia se propone revisar la perspectiva desde la cual se representa el
cuerpo femenino en algunas novelas del escritor colombiano José María Vargas
Vila. Es evidente que en las obras de este autor hay un marcado interés en la
presentación del cuerpo femenino, subrayando los aspectos que resaltan el
erotismo, como fórmula para transgredir la moral dominante. Se pretende
elaborar una retórica de la alteridad, es decir, describir las reglas
operatorias de la fabricación del “otro” para caracterizar un relato que se
desplaza entre un narrador y un destinatario al que se le quiere mostrar al
“otro” como diferente o contrario. En este proceso se requiere comprender de
qué manera se expresan tanto el narrador como los personajes mediante formas de
enunciación que generan en el destinatario la persuasión sobre la diferencia.
En principio, esta
retórica se convierte en un ejercicio de traducción que pretende explicar las
diferencias mediante procesos como la inversión, la comparación o la analogía.
En el texto literario esta retórica se expresa mediante los enunciados del
narrador o de los personajes, que se constituyen en una proyección de la voz
del autor y, por ende, su actitud respecto a los valores vitales.
Ya se trate de
narración en primera o en tercera persona, por medio de las diferentes formas
discursivas, el relato elaborado en las novelas de Vargas Vila expresa un
contexto en el cual existe una valoración particular de la mujer que se hace
explícito en la forma en la que se presenta al cuerpo femenino.”
17h-18:30 – Mini-curso:
"A retórica da crítica e dissidência política no mundo antigo" (Sala 200 - Faculdade de Direito) - William J. Dominik
19h – Reunião
da SBR (Auditório da Medicina)
20:30 – Noite
de autógrafos (Restaurante Marbô)
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28 de outubro de 2016
10h – Mesa
Redonda (Auditório da Medicina)
Prof. Dr. Adriano
Scatolin (USP): “Inventio e dispositio no debate senatorial da Coniuratio
Catilinae de Salústio“
Prof. Dr. Marcos
Aurélio Pereira(UNICAMP): "A escrita, seu ensino e o discurso gramatical no
primeiro século: considerações sobre a questão da correção linguística na Institutio
oratoria de Quintiliano”
Resumo: “A
exposição visa comentar brevemente o surgimento das antigas reflexões sobre a
linguagem e, nesse contexto, a defesa do ensino de uma forma de língua
determinada segundo Quintiliano. Trata-se, na verdade, de pensar como a
linguagem, tendo-se tornado, ao longo do tempo, objeto de consideração de
diferentes disciplinas (gramática, retórica, dialética, mas também música,
poética etc) já no mundo antigo, enseja a constituição de um saber
metalinguístico num contexto, ao mesmo tempo, de separação e confluência de
diferentes domínios, sem esquecer o contato entre diferentes culturas,
destacadamente após a constituição da escrita, encarregada justamente de
preservar os textos fundamentais das culturas grega e romana. No contexto de
formação do antigo orador, tema principal da obra, ganha certo relevo a
gramática, mas, sobretudo, a retórica, ambas implicando, é claro, o aprendizado
de outras tantas disciplinas, como se depreende da leitura da Institutio.
No quadro da disciplina gramatical, particularmente, ganha relevo a questão da correção,
uma das virtudes do discurso, não a única, segundo seu autor. Em
geral unicamente focada por estudos linguísticos na posteridade que buscam sua
origem no mundo antigo, a gramática assumiria, então, tendo em vista preparar o
aluno para o mestre de retórica, a forma de uma disciplina normativa, traço
ainda hoje verificado na prática escolar e outros contextos, com já sabidos
desdobramentos, embora com interesses certamente diversos no mundo antigo.”
Profª. Drª. Leni
Ribeiro Leite (UFES; PROAERA): “Imperadores flavianos, poética e retórica”
Resumo: “Os
imperadores romanos da Dinastia Flaviana, em especial o último deles,
Domiciano, têm sua imagem tradicionalmente encontrada nos relatos
historiográficos construída a partir das obras em prosa do período, como as de
Suetônio e Plínio, tomadas como textos informativos e transparentes. Sabemos,
no entanto, com base nos estudos do sistema educacional romano, por um lado, e
na prática oratória e retórica, por outro, como esses textos são trabalhados do
ponto de vista da retórica e da persuasão. É também de interesse observar como
a imagem daqueles imperadores é diferente em obras poéticas do período, como as
de Marcial e Estácio. Buscamos, com nossa pesquisa, traçar um paralelo entre as
duas imagens, analisando os instrumentos retóricos de umas e outras fontes.”
18h – Show de Encerramento: Tertúlia Vocal (Salão Nobre – Faculdade
de Direito)
19h – Conferência de Encerramento (Salão Nobre - Faculdade de Direito):
“Disputatio religiosa: Os livros de Uriel-Gabriel da Costa”
Profª. Drª. Adma
Fadul Muhana
Resumo: “Não
obstante sua adoção do judaísmo, Uriel-Gabriel da Costa (ca.1585-1640) manteve
íntegro seu pertencimento ao mundo ibérico, o que não foi raro na nação
portuguesa em diversas partes da Europa, a qual era constituída sobretudo
por portugueses descendentes de cristãos-novos desterrados de sua pátria – e
não ainda sefarditas, como a história do judaísmo mais tarde os
definirá. Desconhecendo os princípios da religião judaica, esses
expatriados se chocavam com o judaísmo histórico que descobriam e
frequentemente expunham o proselitismo judaico sobre eles. Esta a razão porque
tantos protagonizaram dissidências e foram enhermados (excomungados)
pela sinagoga, além daqueles que se converteram por fim ao protestantismo.
O caso de Uriel da
Costa foi extremo. Seu livro intitulado Exame das Tradições Fariseias (1624),
uma vez roubado e reescrito, em outro gênero literário, escandalizou a
comunidade e acabou por ser mandado queimar pelos rabinos de Amsterdã. Nele,
Uriel da Costa contesta interpretações alegóricas do texto bíblico e da
Tradição oral, propondo uma leitura literal que afasta as noções de
imortalidade da alma e de ressurreição dos mortos, comuns ao judaísmo e ao
cristianismo coetâneos. Sua própria publicação põe à mostra a polêmica
religiosa como inscrição de gênero no mundo ibérico, a condicionar a escritura
e os lugares de circulação da disputatio religiosa.”